Pelo exposto anteriormente, uma ONG
pode atuar em vários campos, de várias formas, com objetivos diferenciados, com
missões institucionais muito variadas.
Não existe um tipo de ONG que seja
mais abrangente no campo social ou político do que outras. Todas, das pequenas e
locais até as grandes e internacionais, desempenham um papel sócio – político
importante.
Tentar adjetivar ONGs, por suas ações
específicas, como do tipo de esquerda ou de direita, de combate ou assessoria,
técnicas ou de militância é uma maneira equivocada de conceituar o papel
político de uma ONG. Seria desviar a atenção da opinião pública sobre as funções
de uma ONG, para rótulos que dividem, não somam.
Isto por que se ela existe, atuante e
presente, em um campo de ação social específico, é lógico supor que ela atende
interesses em um grupo sócio – cultural, dentro de uma faixa do espectro
político existente. Aí repousa sua legitimidade.
Em contrapartida, as redes de
solidariedade e de interesses imediatos podem não ser as mesmas para todas as
ONGs, into determina a diversidade do campo de ação política de cada uma
delas.
Para o caso específico deste manual,
em resumo, podemos considerar que as “ONGs são instituições privadas, com fins
públicos”, como sinteticamente expões o antropólogo Rubens Cesar
Fernandes.
Em outras palavras, ONGs são “grupos de pressão que buscam por um lado
influênciar e democratizar políticas públicas governamentais para que essas
supram da maneira mais extensa
possível às necessidades da sociedade e de condições de vida iguais e justas no
mundo todo e, por outro, movimentar a sociedade em que estão inseridas,
utilizando-se de suas relações de solidariedade, na busca dessa democratização e
influência política”